Braúna-do-Sertão - Schinopsis brasiliensis


Taxonomia e Nomenclatura

De acordo com o sistema de classificação baseado no The Angiosperm Phylogeny Group (APG) II (2003), a posição taxonômica de Schinopsis brasiliensis obedece à seguinte hierarquia:

Divisão: Angiospermae
Clado: Eurosídeas II
Ordem: Sapindales
Família: Anacardiaceae
Gênero: Schinopsis
Espécie: Schinopsis brasiliensis Engl

Schinopsis brasiliensis é uma árvore da família das Anacardiaceae, nativa do Brasil, especialmente das regiões Nordeste, Centro-Oeste e do estado de Minas Gerais. A espécie possui folhas compostas e frutos castanho-claros de até 3 centímetros. Também é conhecida pelos nomes de braúna-do-sertão, braúna-parda, coração-de-negro, ipê-tarumã, maria-preta-da-mata, maria-preta-do-campo, parova-preta, pau-preto, pau-preto-do-sertão, paravaúna, parovaúna, perovaúna, quebracho, quebracho-colorado, quebracho-vermelho e ubirarana.

Etimologia

O nome genérico Schinopsis significa “parecido com Schinus”, uma aroeira com ocorrência no Sul e no Sudeste do Brasil; o epíteto específico brasiliensis é devido ao material tipo ter sido coletado no Brasil.
O nome vulgar braúna possivelmente vem do nome tupi ibirá-uma (madeira preta) ou muira-uma (muira = madeira; uma = preto).

Descrição Botânica

Forma biológica e estacionalidade: é arbórea (arvoreta a árvore) e espinhenta, de comportamento decíduo. As maiores árvores atingem dimensões próximas a 15 m de altura e 60 cm de DAP (diâmetro à altura do peito, medido a 1,30 m do solo), na idade adulta. A braúna é uma das maiores árvores do Bioma Caatinga. Tronco: é reto e bem conformado. O fuste é curto, atingindo no máximo 3 m de comprimento.

Ramificação: é dicotômica. A copa é quase globosa e não muito densa. Os ramos são providos de espinhos fortes, de até 3,5 cm de comprimento, nas pontas.

Casca: com espessura de até 30 mm. A casca externa ou ritidoma é cinza-escura, quase negra, áspera, desprendendo-se em porções irregularmente quadrangulares.

Folhas: são compostas pinadas, com 7 a 17 folíolos de consistência subcoriácea, oblongos, medindo de 3 cm a 4 cm de comprimento por 2 cm de largura, obtusos no ápice, verde-escuros na face superior e pálidos na face inferior. Quando maceradas, apresentam fraco odor de resina.

Inflorescência: apresenta-se em panículas pouco vistosas, medindo até 12 cm de comprimento. 

Flores: são pequenas, medindo de 3 mm a 4 mm de diâmetro, brancas, glabras e suavemente perfumadas.

Fruto: é uma drupa alada, medindo de 3 cm a 3,5 cm de comprimento, de coloração castanhoclara e cheia de massa esponjosa.

Semente: a semente dessa espécie é de forma obovóide tendendo a reniforme, medindo 
14,37 mm ± 1,56 mm de comprimento; 9,81 mm ± 0,79 mm de largura e 5,56 mm ± 0,84 mm de espessura, de cor amarelo-claro e superfície rugosa baça, e está envolta por um tegumento lenhoso (caroço) difícil de ser rompido.

Fonte: http://www.cnpf.embrapa.br

Comentários

  1. Gostei das fotos que identificam o caule, as folhas e das vagens, mas, a primeira foto, não deve ser da braúna não, parece ser de um umbuzeiro.

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